Caixa Agricola Torres Vedras

mensagem
do presidente
do conselho de administração

Manuel José Guerreiro

mensagem do presidente do conselho de administração

Manuel José Guerreiro

Os resultados financeiros da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Torres Vedras (CCAMTV) em 2024 são, uma vez mais, muito sólidos, o que evidencia a força e a resiliência do nosso modelo de negócio. O desempenho alcançado destaca-se pelo reforço de uma melhor integração da comunidade no nosso desenvolvimento local.

Com perto de 700 milhões de euros de ativos, os proveitos do Banco aumentaram 7,1% face a 2023, com o resultado líquido a situar-se em 8,5 milhões de euros em 31 de dezembro de 2024, mais 2,9% do que no ano anterior, com um rácio de solvabilidade (Core Tier 1) de 46,0%, um dos melhores entre a banca portuguesa.

Foi um ano recorde para as atividades de mercado e financiamento na Instituição, com um crescimento significativo das atividades de mercado, impulsionado pelo aumento das taxas de juro e pela volatilidade no início do ano. Ao mesmo tempo, mantivemos o nosso nível de risco sob controlo.

Olhando para além dos resultados, é importante notar a tendência e constância do nosso desempenho. Na última década, atingimos níveis crescentes de rentabilidade, demonstrando a relevância da nossa estratégia, que responde às necessidades das partes interessadas. Ser apoiado por uma comunidade, ciente da sua forte identidade e com uma visão de longo prazo, fortalece a nossa capacidade de implantar novas atividades com potencial de crescimento.

Do ponto de vista socioambiental e económico, a ideia de profundas e assimétricas mutações no mundo provoca, em particular desde as eleições de novembro de 2024 nos EUA, a perceção de novos e diferentes desafios.

Graças ao seu modelo bancário universal resiliente, a Caixa Agrícola de Torres Vedras disponibiliza uma vasta gama de serviços bancários, financeiros e de seguros especializados a todos os seus clientes individuais, agricultores, empresas e instituições. Este modelo de negócio diversificado garante um desenvolvimento sustentável das receitas e proporciona uma capacidade de crescimento orgânico e inclusivo.

"Ser apoiado por uma comunidade, ciente da sua forte identidade e com uma visão de longo prazo, fortalece a nossa capacidade de implantar novas atividades com potencial de crescimento"

A governance da Caixa Agrícola de Torres Vedras assenta nos valores da transparência, da eficiência eda responsabilidade, que se traduzem na organização e no funcionamento dos seus Órgãos Sociais, tendo como objetivo a implicação ativa das partes interessadas na atividade do Banco, bem como na monitorização da sua gestão e da sua estratégia. A vontade de procurar a abertura e o equilíbrio na organização dos poderes e na composição dos Órgãos Sociais é uma a preocupação permanente que visa permitir que cada um exerça com eficácia as suas responsabilidades, com objetividade e independência, através da qualidade do diálogo e da transparência da informação.

A Caixa Agrícola de Torres Vedras intenta reforçar a proximidade, apoiando-se numa base municipal, contando com agências ajustadas à evolução etária e digital atendidas por colaboradores/proprietários em todas as freguesias, para ser acessível a todos. O nosso roteiro nunca foi tão claro e a direção que temos de seguir é inequívoca. Uma identidade cooperativa e mutualista ilumina, desde 1915, o nosso
trajeto.

Em novembro de 2024, promovemos em Torres Vedras uma Convenção Cooperativa Internacional, com centenas de conferencistas e participantes. E soubemos distinguir o Padre Vítor Melícias e o Presidente Emérito António José dos Santos. A vida do Padre Vítor Melícias, como evangelizador da Economia Social, e a do Presidente Emérito António José dos Santos, como dinamizador da componente Social da Economia, são exemplos distintos e distintivos.

Também o nosso Presidente da República, General António Ramalho Eanes, e o Governador do Banco de Portugal, Professor Mário Centeno, honraram os milhares de proprietários do nosso Banco ao participarem em eventos públicos com forte participação popular.

“Com um modelo bancário resiliente, a Caixa Agrícola de Torres Vedras oferece serviços diversificados, garantindo receitas sustentáveis e crescimento orgânico e inclusivo”

Mais de seis mil e quinhentos mutualistas/proprietários constituem a base da nossa organização. Em 2024, para aumentar a representatividade, foi possível angariar quatrocentos e setenta e dois novos membros, fazendo do nosso Banco uma das maiores instituições financeiras cooperativas portuguesas. E isto sem dolorosos processos de fusão. De acordo com o voto democrático “1 membro = 1 voto”, cada membro tem a aptidão de fazer ouvir a sua voz nas Assembleias Gerais Anuais do seu Banco. Por seu turno, os 13 novos colaboradores/proprietários trazem as suas expectativas para dentro da nossa organização e garantem um bom conhecimento e consideração das necessidades dos clientes. Três jovens colaboradores/proprietários foram certificados pelo ISQ/ISCTE como “Auditores Internos de Qualidade”. E vamos alargar este desiderato a todos os que assim o entendam.

Os objetivos da nossa política de apoio às funções de controlo interno (auditoria interna, gestão de risco e compliance) são os de proteger a Caixa Agrícola de Torres Vedras no que respeita à regulamentação e colocar a ética e a lealdade no centro da relação com os nossos clientes, ao fornecer-se serviços com os melhores padrões. As nossas linhas de negócio respondem em Compliance à necessidade de uma maior proteção: combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, cumprimento das sanções internacionais, proteção dos clientes e dos seus dados pessoais, prevenção de fraudes e corrupção e promoção de valores éticos.

O principal desafio é o de acompanhar diariamente as linhas de negócio do Banco para que a cultura de Compliance seja “nativamente” integrada nas atitudes e processos criando, assim, valor assente em quatro pilares: regulação; imagem; qualidade/eficiência e lealdade/eficácia.

A partilha destas experiências é o coração do modelo mutualista com uma ação centrada no cliente. Prosseguimos a nossa estratégia de estabelecer fortes convicções coletivas, em particular a convicção de que a força motriz suporte do nosso crescimento é a sua utilidade social.

O nosso Banco é uma das dez maiores instituições financeiras com acionistas portugueses e com sede em Portugal. E demonstra a nossa lealdade à sua missão: agir no interesse dos seus clientes e da comunidade do nosso município. E, assim, a Portugal.

Manuel José Guerreiro
Presidente